quinta-feira, 13 de novembro de 2008

lágrima que lava. "faça birras", diz a mulher de cabelos brancos e voz zen. só o tom de voz impede a birra que já saiu em muitos sítios mas se recusa a ser arrancada ali. só à força. a birra, a minha birra, vem com a solidão da vergonha da birra pública. só aí não se contém. desaba, leva-me com ela até à inconsciência de mim. "dê-lhe um horário. estabeleça o seu horário para a birra". ouço incrédula, numa estranha serenedidade que não me atingia há dias. a birra vai e vem. e com a birra a lágrima sai. não sei se lava. limpou qualquer coisa cá dentro. por pouco tempo

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